O incompleto por vezes incomoda, principalmente numa sociedade que vem adicionando mais e mais “itens” que podem nos deixar mais bonitos, mais felizes e mais “completos”.
E sim, que bom que temos alternativas e estudos que nos ajudam. Mas, essa pecinha “fora do lugar”, muitas vezes, está ao nosso lado, no trabalho, na sala de aula, na família. Como agimos se no fundo nos parecemos cada vez mais iguais uns com os outros? Respeitamos a diferença? Aprendemos com ela? Avaliamos o diferente ou o ambiente (para ver se esse também consegue se adaptar)? Ou damos um jeito de medicalizar o diferente para que se adapte como todos naquele lugar? Ou ainda… o excluímos dos grupos?
Somos todos seres incompletos, embora em muitos posts por aí se diga que você pode ser tudo o que quiser! A frustração vem dessa ilusão. Cada vez mais aceleramos para tentar dar conta da promessa de que encaixaremos todas as peças! Não se pode mais ter uma folha em branco, um silêncio ou mesmo uma ruga, um fio de cabelo branco…?
Como sociedade, onde ficou nossa capacidade de escutar o diferente? Por que precisamos dar e ter todas as respostas? Espaços em branco podem nos supreender com significados ainda não pensados…você já pensou nisso?
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